História

A Escola Secundária D. Dinis, Lisboa, localizada na Rua Manuel Teixeira Gomes, na zona oriental de Lisboa, na freguesia de Marvila, foi criada em 1971, pelo Decreto – Lei 447/ 71, de 25 de outubro, então como Liceu Nacional D. Dinis e foi inaugurada em 1972, tendo aberto as suas portas a 2 de outubro.

A sua construção obedeceu ao Estudo Normalizado dos Liceus Tipo desenvolvido em 1968 pela Arquiteta Maria do Carmo Matos (JCETS-MOP) e constituiu uma viragem na arquitetura escolar portuguesa.
Foi dos primeiro Liceus mistos de Lisboa e começou por albergar os excedentes dos Liceus Padre António Vieira e Gil Vicente. No seu 2º ano de funcionamento iniciou o Curso Noturno que tinha sido implementado precisamente no ano da sua abertura.
Era um Liceu, moderno, com corpo docente novo, dinâmico e empreendedor.
Sendo então o único Liceu da zona Oriental de Lisboa, recebia alunos, essencialmente, a Norte, incluindo não só a freguesia de Marvila, mas também Olivais, Portela, Moscavide, Sacavém, indo mesmo o seu raio de ação até Loures e Vila Franca de Xira. A sua capacidade inicial era de 900 alunos, mas a Escola chegou a ter mais de 6.000 alunos na sede, funcionando em três turnos e na sua secção do Bairro da Prodac.
Tinha também inscritos outros tantos alunos de Colégios desde o Valsassina até aos Externatos, do Chile até S. João da Talha.
Foi do D. Dinis que nasceram todas as Escolas Secundárias a Norte de Lisboa (Sacavém, Alverca e Vila Franca de Xira) não só com o fornecimento de Professores para as Comissões Instaladoras, mas também de pessoal Administrativo já formado.
Um exemplo é a Escola de Sacavém que foi na altura montada na Portela, na então Escola Gaspar Correia que, entretanto, passou para o Edifício novo.
Também a ainda Escola Secundária Vitorino Nemésio (que à semelhança de Belém-Algés e Cidade Universitária foram criadas exclusivamente para o 12º Ano, que era um ano pré-universitário, e se eternizaram em escolas de barracões com fim diferente do que inicialmente previsto) abriu com Professores e funcionários formados pelo D. Dinis. Pelo facto de terem nascido tantas Escolas e também pela diminuição da natalidade, o raio de ação da Escola centrou-se quase só na freguesia de Marvila.
Neste momento os nossos alunos são jovens que precisam cada vez mais de um ensino personalizado, pois trata-se de uma zona com várias carências socioculturais.
Neste contexto a Escola tem procurado ir ao encontro das necessidades dos jovens ao mesmo tempo que se tem aberto à Comunidade envolvente.
O espaço físico interior da Escola tem sido uma permanente preocupação, pois, se o calor humano, que aqui se vive, é fundamental para o desenvolvimento da personalidade dos alunos, não é menos importante que o espaço se organize com sentido estético para que cresça a motivação para a conservação do ambiente e da própria natureza.

Com escassos meios, temos procurado manter com um mínimo de qualidade os espaços onde os alunos permanecem.
Chegou a hora de tentarmos embelezar o exterior, mostrando que a Escola Secundária D. Dinis, situada na freguesia de Marvila, é uma
Escola voltada, não só para os valores humanos, culturais, artísticos e científicos, mas também para os valores comunitários, estéticos e ambientais.
Surgiu a oportunidade quando tivemos conhecimento do Despacho 17002/2000.
Estávamos a perfazer 29 Anos de Escola e, no início das comemorações do 30º Aniversário.

Nada melhor que uma homenagem ao nosso Patrono D. Dinis.
Pensamos concorrer com um trabalho feito pela Escola, mas todos foram unânimes e, se isso era possível, que a obra devia ser de um artista plástico reconhecido.
Foi-nos indicado por colegas o escultor Vítor Ribeiro a quem pedimos uma obra que simbolizasse este rei-poeta que tão bem soube conjugar os valores artísticos e culturais com os valores ambientais.
Daí o nascimento deste “Pinhal” que representa o seu “Pinhal de Leiria”, enquadrado num jardim de rosas em alusão à sua esposa, D. Isabel de Aragão.
Os alunos podem ludicamente passear sob os seus pinheiros ao mesmo tempo que contemplam as rosas.
Com este Projeto inserimo-nos no Projeto Global da Freguesia de Marvila Lisboa Capital do Nada, de que se produziu um livro editado pela fundação Calouste Gulbenkian e um filme de Luís de Matos.
Já em 2001 na sequência deste Projeto voltamos a concorrer através do Despacho 9129/2001 para acabarmos de recuperar a zona envolvente do refeitório. A Escultura “O Pinhal” implantado, no “jardim das rosas” a este do refeitório, veio dar um toque de Arte e Beleza ao mesmo tempo que recorda o nosso Grande Rei D. Dinis, num cenário ambientalista.

A recuperação do lago na zona oeste procurou arranjar um espaço ao ar livre, não só para lazer dos alunos, mas também para cenário de pequenas representações. Foi inaugurado o “Lago das Rosas” (onde em tamanho natural ficou implantada uma estátua da Rainha Santa com rosas desfolhadas a seus pés caindo na água do lago que transforma em palco, na semana de 2 a 9 de outubro de 2002 dedicada à celebração do 30º Aniversário da Escola cujo tema foi “D. Dinis – Escola de Futuro”. Na continuação dos temas tratados no 20º Aniversário “No tempo de D. Dinis” e no 25º Aniversário “D. Dinis no nosso tempo”.

Passados estes anos, havia necessidade de modernizar a Escola… No verão de 2007 fomos contemplados pela Parque Escolar (E.P.E.), com o Programa de Modernização das Escolas destinadas ao Ensino Secundário. Arrancou no verão de 2007 com quatro intervenções piloto: Escola Secundária D. Dinis e Pólo de Educação Formação D. João de Castro, em Lisboa e Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas e Escola Artística Soares dos Reis, no Porto.
A intervenção de modernização realizada pela Parque Escolar, E.P.E., sob orientação e projeto do Arquiteto Ricardo Bak Gordon, contemplou a correção de problemas construtivos, a melhoria das condições de conforto ambiental, de segurança e acessibilidade e o arranjo dos espaços exteriores, bem como a reorganização e ampliação dos espaços letivos e não letivos.
A solução então adotada, com tipologia pavilhonar e capacidade para 900 alunos, integrava um pavilhão único destinado aos serviços administrativos e de direção, biblioteca, sala de docentes, sala de alunos, cantina e bar(A1), três pavilhões de dois pisos destinados a aulas (A2, A3 e A5), um pavilhão com dois pisos e configuração em pátio destinado ao ensino experimental (laboratórios) e das artes visuais (salas de desenho) A4 e um gimnodesportivo.
A intervenção de modernização contemplou, a par da correção de problemas construtivos, da melhoria das condições de conforto ambiental, de segurança e acessibilidade e do arranjo dos espaços exteriores, a reorganização e ampliação dos espaços letivos e não letivos.

Para o efeito é construído um novo edifício que garanta a ligação entre os diferentes pavilhões existentes e alberga os espaços programáticos fundamentais numa posição de máxima centralidade, constituindo-se numa “learning street”: entrada principal do complexo, área da biblioteca, sala polivalente (equipada com uma bancada telescópica de 217 lugares), áreas de trabalho e pausa para docentes, sala de diretores de turmas e salas de estudo.

O pavilhão B (A1) mantém a área administrativa e secretaria com entrada própria pelo exterior, a sala de alunos em conjunto com o refeitório e cozinha, o bar, a loja de conveniência, a sala de rádio e a associação de estudantes. Os pavilhões A2 (D) e A3 (E) retomam a sua tipologia original, ocupados com salas de aulas normais, equipadas com computador e projetor ou quadro interativo e com instalações sanitárias ao nível dos pisos térreos. O pavilhão C (A4) alberga o núcleo de artes, no piso térreo (com dois ateliês de artes, oficina de educação tecnológica e uma sala TIC) e o núcleo de laboratórios para o ensino experimental de biologia, de física e de químico apoiado por espaços de preparação e salas de aula no piso elevado. No pavilhão existem ainda instalações de apoio aos funcionários não docentes e a sede do Centro de Formação de Escolas António Sérgio e salas de aula no piso elevado.
O pavilhão F (A5) integra o núcleo de tecnologias dispondo de salas TIC e oficinas de informática, multimédia e robótica.
O pavilhão gimnodesportivo sofreu alterações significativas, foram ampliados os espaços de apoio e corrigidas as condições de conforto ambiental. A Escola também está equipada com um espaço desportivo polivalente, exterior, com campo de jogos e pista de atletismo.

A entrada principal da escola é deslocada para norte, sendo criada uma nova portaria associada a um novo Posto de Transformação e uma área destinada à colocação de contentores de resíduos urbanos.

“Ao longo das mais de três décadas a Escola Secundária D. Dinis procurou sempre responder às solicitações mais diversas. Seguiu-se sempre este mote de funcionamento quando era a única escola secundária da zona oriental de Lisboa, e uma das primeiras escolas mistas do país; quando respondeu ao “boom” populacional dos finais dos anos 70; e agora respondendo ao desafio de uma forte remodelação física sem interrupção de aulas.
Se os seus recursos humanos foram conseguindo saber integrar-se na evolução natural da sociedade, já os seus recursos físicos não conseguiram resistir à erosão do tempo e do uso. As dificuldades financeiras do Ministério da Educação não permitiram, ao longo dos anos, efetuar as necessárias obras de manutenção e remodelação, sobretudo no que se refere a condições objetivas de trabalho, quer ao nível das salas de aula, quer ao nível dos serviços, quer ainda no que se refere à necessidade objetiva de trabalho dos professores. O desafio que nos foi lançado de participarmos num projeto-piloto inovador foi aceite pela equipa com um sentimento misto, tanto positivo quanto negativo. Positivo na medida em que traduzia o esforço desenvolvido pela equipa na recuperação da escola, da sua imagem, da sua capacidade de intervenção e da mais valia que representa para a sua comunidade educativa. Negativo na medida em que funcionar um ano letivo inteiro, com quase o mesmo número de turmas, com um pavilhão menos, e a perturbação inerente a um estaleiro permanente, foi tarefa árdua. Imagine-se o que é trabalhar com alunos dos 12 anos aos 56 anos (noturno) “num estaleiro” …

Aproveito para expressar o meu agradecimento a todos os Professores, Funcionários, Alunos, Pais e Encarregados de Educação, Conselho Pedagógico e Assembleia de Escola pela compreensão e apoio que me deram e que permitiu que o ano letivo fosse quase “normal”. Os aspetos positivos rapidamente se sobrepuseram aos negativos. Desde o início que contámos com a prestimosa colaboração dos professores, funcionários, alunos e a inevitável compreensão dos Pais e Encarregados de Educação.
Foi um ano muito duro que ainda dura – as obras ainda estão por finalizar –, existindo avanços e recuos em áreas diversas. O facto de sermos projeto-piloto. tem as suas vantagens e, claro, as desvantagens inerentes”. – José António de Sousa – Diretor
Em 2008 é concluído o projecto de modernização da Escola Secundária D. Dinis, pioneiro no âmbito das reformas levadas a cabo pela Parque Escolar. Corresponde à tipologia de projectos pavilhão, que abrange a maioria das escolas secundárias em Portugal, construídas durante os anos 70. Caracterizadas pela escassez de meios e características elementares, com uma ausência de infra-estruturação de climatização, isolamento térmico e acústico. O projecto de intervenção veio responder a estas deficiências graves e melhorou as condições arquitectónicas, construtivas e infra-estruturais em todo o pré-existente. Fundamental foi também uma reforma de modernização, assente em primeiro lugar numa melhoria programática, acrescentando e recolocando espaços funcionais, de forma a valorizá-los enquanto epicentros de uma vida escolar renovada. O edifício novo tem um papel diferenciador e identitário, assumindo-se como espaço central sem princípio nem fim, onde se instalam as funções vitais da escola, e a partir do qual se ligam todos os pavilhões existentes. O sistema construtivo do novo pavilhão respondeu à necessidade do projecto ter sido realizado em poucos meses, condicionando as escolhas arquitectónicas, optando-se por uma estrutura metálica e paredes exteriores em sistema “sandwich”, com acabamento em chapa metálica ondulada, tanto no exterior como no interior. A requalificação e ampliação desta escola secundária foi distinguida, em 2008, com a Menção Honrosa do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura arquitectónicas, optando-se por uma estrutura metálica e paredes exteriores em sistema “sandwich”, com acabamento em chapa metálica ondulada, tanto no exterior como no interior. A requalificação e ampliação desta escola secundária foi distinguida, em 2008, com a Menção Honrosa do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura.

Estandarte

Bandeira retangular, com dimensões variáveis, mas respeitando formas fixas, sendo o comprimento igual a uma vez e meia a guinda (relação 2:3).
O cartão está dividido verticalmente em duas cores: a cor azul ultramarino escuro ocupa dois quintos do espaço e fica do lado da adriça; a cor amarela ocupa três quintos do espaço e fica do lado da orla solta.

Sobre a união entre as suas cores, escudo continental de prata com cinco escudetes de azul, também continentais, postos em cruz grega, polvilhados com 10 besantes de prata. Os dois escudetes dos braços laterais estão deitados com a base para o centro da cruz. Bordadura de vermelha carregada de dez castelos de ouro. Por baixo, escrita a negro, em duas linhas, a divisa: “Dionis, Rey de Portugal”. O corpo do escudo ocupa metade do espaço vertical da bandeira, estando colocado no centro do traço vertical de união. A referência “Dionis, Rey de Portugal”, será escrita a cinzento, em duas linhas. Por baixo, faixa amarela, com rebordo negro e duas dobras em cada lado, ligeiramente encurvada para baixo, onde se lê “agrupamento de Escolas D. Dinis – Lisboa”, em fonte Old English Text MT e cor azul ultramarino escuro.

Emblema

Retrato a cores do rei D. Dinis de Portugal, em moldura oval negra, em consonância com a gravura a água-forte e buril, aguarelada de 32×23 cm da série de Reis de Portugal, de Gabriel M. Rousseau (Rousseau, Gabriel M.; Bernardes, Inácio de Oliveira, autor incerto. [Série Reis de Portugal] [Visual Gráfico]. Lisboa: s.n., 1736?).
O rei veste manto vermelho com interior verde e camisa castanha com rebordos a dourado. Ostenta coroa dourada na cabeça e espada na mão direita.
Pode ser utilizado em situações que seja exigida uma identidade visual reduzida.