João Costa

Ministro da Educação

 

É com um misto de alegria e orgulho que me associo a esta publicação de celebração dos 50 anos da Escola Secundária D. Dinis.

A alegria que traz saber que o aniversário de uma escola nunca é a celebração das suas paredes, mas sim das muitas vidas que se formam, desenvolvem e cruzam. Vivemos tanto, tantas experiências nos acontecem, mas nunca esquecemos a escola que frequentámos, os professores que nos marcaram, os recantos onde conversávamos, as aulas que nos desassossegaram e nos fizeram sonhar ir mais longe.

50 anos são sobretudo muitas vidas. As vidas dos alunos, os de hoje e os adultos que hoje olham para trás e sorriem ao lembrar-se dos “seus” anos na D. Dinis. Todos aqueles que sabem que, sem esta escola, o seu percurso teria sido mais pobre. As vidas dos professores, que se entregam à sua profissão e que olham com carinho para todos os jovens que ajudaram a formar. As vidas dos técnicos e funcionários da escola, que garantem que tudo funciona, que os apoios aos alunos são garantidos e que reforçam o humanismo das instituições. Não são, de facto, paredes. Uma escola sem pessoas é a negação do que é ser escola. São pessoas, são histórias, são encontros, são destinos.

Move-me também o orgulho de, ao longo de quase sete anos em funções governativas, reconhecer na vossa escola um elevadíssimo compromisso com a missão do sistema educativo. Situados num território desafiante, na D. Dinis não há equívocos sobre as finalidades do trabalho: a escola pública é para todos e concretiza-se numa aprendizagem efetiva e real para todos. Sem o percurso fácil da exclusão ou o monolitismo das respostas padronizadas e independentes dos contextos. A D. Dinis abraça projetos, desafios e é pioneira a nível nacional em diversas formas de trabalhar.

Curiosamente, a Escola Secundária D. Dinis nasce no mesmo ano em que eu nasci. Nos restos da ditadura, com a felicidade de já crescer em democracia. Esta escola acompanha e faz parte de um caminho de sucesso, o da educação pública em Portugal. Contribui para que o abandono e a exclusão já não sejam tidos como normais, vive reformas e procuras de melhoria contínua e fá-lo, ao longo destes 50 anos, sem estatuto de mero observador. Experimenta, avalia, faz.

É por isso que estão de Parabéns. Por fazerem vidas, por serem uma história que se faz presente na construção diária de futuros de esperança para todos os que por aí passam.

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